Paladar infantil: entenda como é formado da gravidez à introdução alimentar
A introdução alimentar é o momento perfeito para ajustar e formar o paladar infantil, certo? Errado! A formação dos hábitos alimentares começam bem antes do bebê nascer, ainda na gestação. Inclusive, esse é um período muito importante na definição do paladar infantil.
Tudo vai depender de fatores fisiológicos e ambientais ainda na barriga da mamãe, durante a amamentação e, claro, dos alimentos oferecidos durante a infância. Se alguém já te aconselhou a comer bem na gravidez porque era importante para o bebê, é hora de validar o comentário!
Paladar infantil na gravidez
Dentro da barriga, o gosto passa a ser percebido por volta da 12ª semana de vida intrauterina. No entanto, o bebê é exposto a vários estímulos sensoriais, inclusive ligados ao paladar. As pupilas gustativas, por exemplo, aparecem por volta da 7ª e 8ª semana de gestação.
O líquido amniótico é aromático e o seu odor é influenciado pela dieta da mãe. Estudos apontam que há preferência alimentar do bebê de acordo com os sabores de alimentos que a mamãe ingere quando grávida. Então, vale a pena tomar cuidado com a alimentação, sem abusar de doces, alimentos gordurosos e industrializados.
Nos primeiros anos de vida
Os primeiros mil dias de vida são determinantes para criar padrões alimentares, sendo assim, formar o paladar infantil. Inclusive, o tipo de leite ofertado nos primeiros seis meses interfere muito na aceitação de comidas diferentes. Além de todos os benefícios da amamentação, a composição do leite é fundamental para oferecer novos sabores ao bebê.
Isso porque ela também é influenciada pela alimentação da mãe. Quanto maior a variedade de alimentos ingeridos, maior a alteração no sabor do leite. Crianças amamentadas com leite materno aceitam mais alimentos do que crianças que receberam fórmula ou outros tipos de leite. O motivo é que eles mantêm um padrão igual de sabor e nutrientes, diferente do recebido na amamentação.
O recém-nascido tem preferência por sabores doces que apresenta amido na sua composição, o que remete a uma sensação de segurança para o consumo, já que lembra o leite materno. Em oposição, os sabores amargos não são bem aceitos.
O pequeno está rejeitando alimentos?
A formação do paladar infantil não é tão simples. É necessário contato com um alimento desconhecido de oito a dez vezes para, então, começar a ser aceito. Não desista no processo!
Tome cuidado para não criar situações de recompensas durante as refeições. Se o pequeno aceita comer brócolis só porque depois ganhará uma bolacha, está errado! O comportamento não deve ser encorajado.
Na introdução alimentar, o pequeno ainda não tem autonomia para decidir o que comer. Então, é responsabilidade dos pais e cuidadores estimular uma alimentação saudável. Lembre-se que depois de alguns anos ele poderá negar alimentos que fazem bem a saúde por causa de experiências negativas em sua rotina, não apenas pelo sabor.
Além disso, é fundamental oferecer os alimentos em diferentes texturas e formas para que se adapte a eles. Evitar o sal, açúcares e gorduras nos preparos das refeições é uma dica preciosa para que o verdadeiro sabor do alimento seja experimentado.
A exposição precoce e excessiva a alimentos processados interfere no paladar infantil e pode prejudicar a saúde, causando doenças crônicas como diabetes, hipertensão, colesterol alto e até doenças cardíacas. Evite os biscoitos recheados, salgadinhos de pacote e bebidas açucaradas.
Dê o exemplo!
Tanto o exemplo dado pelos pais, quanto as atitudes tomadas por eles para formação do paladar infantil são importantes! É muito mais fácil seguir uma alimentação balanceada se ela for um hábito de toda a família. Quem sabe a chegada do bebê ajude todo mundo a comer melhor?! Nunca é tarde para começar.
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