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Relatos de parto ajudam mães que terão o bebê durante pandemia

O momento que já era desafiador ganhou novas perspectivas e orientações com a chegada do novo coronavírus. Muitas grávidas tiveram seus partos sem acompanhante e com aquela sensação de insegurança, prezando pela saúde de seus pequenos. Se você está no time das mamães que vão ter o bebê durante a pandemia, separamos cinco relatos de parto inspiradores para te ajudar a manter a calma. 

Esperamos que, ao ler os relatos de parto, você possa se encher de esperança. Ainda que não seja do jeito que você sonhou, o parto é um dos momentos mais importantes da gestação. Afinal, é o primeiro encontro da mamãe com o bebê.

5 Relatos de Parto durante a pandemia

Esse é um dos relatos de parto mais fortes que chegaram aqui na redação do Blog Grão de Gente. Confira:

  • Keylla, mamãe da Maitê

“Olá me chamo Keylla e vou tentar resumir minha historia, então tive:

Covid

Pneumonia

Anemia profunda

Coagulopatia (meu sangue não estava coagulando)

2 semanas entubada na Uti

1 cirurgia para o parto

1 cirurgia para conter uma hemorragia severa onde foi necessária a transfusão de aproximadamente 16 bolsas de sangue

1 cirurgia para tamponamento onde por 3 dias fiquei com o abdômen cheios de compressas para tentar resolver a hemorragia

1 cirurgia para a retirada das compressas e mais 1 cirurgia a qual não me recordo.

Entrei no hospital dia 08/9 e só acordei dia 24/09. Para honra de glória de Deus.. Ele me trouxe de volta pra cuidar da minha família.

Poucas pessoas souberam, mas sim, estava grávida da pequena Maitê, pois não foi uma gravidez planejada. A pandemia nos afastou de todos e eu não tinha vontade de registrar os momentos da gestação pois passei pela depressão e não aceitava a terceira gestação.

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Porém, Maitê cresceu saudável e nasceu com 36 semanas lindas. Essa cicatriz é a prova que Deus não faz milagre pela metade. Eu ganhei a vida novamente e tenho muito orgulho.”

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  • Emanoela dos Santos Lima, mamãe do Kauã

“Olá, meu nome é Emanoela dos Santos Lima, sou de Porto Feliz, Sorocaba. Tenho uma filha de parto cesárea, minha Antonella, e meu sonho sempre foi passar pela experiência do parto normal.

Minha segunda gestação, quando descobri eu já estava de três meses, pois foi final de ano e não sentia sintomas. A gestação em si foi super tranquila. Fui informada pela minha médica já no final da gestação sobre a pandemia, por mais que eu tivesse a consciência sobre pandemia, jamais teria a noção de quanto tempo ela duraria. Foi extremamente angustiante.

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No último pré-natal fui informada que eu não poderia ter acompanhante, aí eu já saí de lá sabendo que teria que começar a preparar o meu psicológico, pois nenhuma gestante está preparada pra isso.

Eu sempre planejei o meu noivo me acompanhar, queria que ele tivesse essa experiência junto comigo, acredito que seria muito mágico passar por essa experiência juntos.

Terça feira dia de médica, marcamos a cesárea para domingo, dia 21. Os dias foram passando… Cheguei sexta-feira três horas da tarde. Comecei a sentir leves dores, achei que fosse cólica simples, mas elas foram se intensificando com o passar das horas.

Às sete horas resolvemos ir até o hospital. Eu estava apenas com um sentimento de dilatação, fui mandada de volta para casa com fortes dores, jantei, tomei um banho quente e às 10 horas da noite retornei novamente para o hospital com muita dor.

Me examinaram e constataram que ainda estava com três centímetros de dilatação, apenas. Voltei para casa e alertaram sobre as dores persistirem para voltar no dia seguinte. Fui embora, tomei outro banho e fui tentar dormir com muita dor. De madrugada não conseguia dormir, queria tanto que a passasse logo para eu ir no dia seguinte ao hospital.

Acordei sábado sentindo muita dor ainda e às 13 horas fui ao hospital novamente. A dilatação estava lenta, me internaram resolverem me medicar com ocitocina para acelerar a dilatação e me mandaram pra debaixo do chuveiro no hospital.

Embaixo do chuveiro começou a escorrer lágrimas pelos olhos, eu tive muito medo por não ter acompanhante, mas as enfermeiras da Santa Casa da Misericórdia de Porto Feliz me auxiliaram tanto entre os banhos quentes, ocitocina, banheira quente, música, massagem.

Foram várias forças de expulsão e às nove horas da noite de sábado chegou o meu segundo amor no mundo com 3.400 e 49 cm, chegou Meu Kauã, trazendo luz e esperança nessa pandemia.

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Que emoção! O meu noivo entrou e eu vi que tudo aquilo que eu vivi os medos as incertezas valeram a pena… Eu tive duas surpresas: o parto totalmente natural e na quarentena. “

  • Juliana Pires Tavares, mamãe do Martín

Sabe aqueles relatos de parto de emocionar? Esse mostra que nem sempre o que planejamos dá certo, mas sempre precisamos pensar no melhor para a mãe e bebê.

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“Em outubro de 2019, engravidei do meu príncipe! Planejado e aguardado, Martín.

Com apenas 1 mês de gestação, fui diagnosticada com Placenta baixa durante os exames de pré-natal, o que é um caso comum e sem nenhuma justificativa comprovada cientificamente. Foi um grande “quebrante”, pois sou profissional da dança e precisei abortar imediatamente todos os meus trabalhos e outras atividades do cotidiano em prol de um repouso absoluto, prescrito por pelo menos 4 meses (para garantir que a placenta estaria na posição correta), período este que enjoei e vomitei todos os dias, sem exceção. 

Quando finalmente pude ser liberada para atividades leves, chegou a pandemia e fiquei completamente confinada com meu marido em casa, sem dança ou mesmo caminhadas, restou apenas mais meses de repouso.

Contava os dias e horas com o tão sonhado trabalho de parto, até que aos 7 meses de gestação o bebê resolveu se reposicionar em posição pélvica, o que tornaria meu parto normal impossível pelos riscos oferecidos.

Com alguns exercícios e muita fé, aos 8 meses de gestação ele resolveu retornar à posição, e a chama do meu sonho de ser mãe por vias naturais voltou a clarear a vida! Eu não aguentava mais esperar o momento, mas o Martín não estava com pressa!

Depois de 41 semanas e 1 dia de espera, sem nenhuma contração regular e muitas dores por todo o corpo – além de 13kg a mais – resolvi ir ao hospital em busca da indução ao parto.

Eis que os médicos não acreditaram que o bebê se desvirou de ponta cabeça aos 8 meses e solicitaram um Raio X para comprovar a posição naquele instante. Outra surpresa: a cabeça estava inclinada em uma posição perigosa e a estimativa de tamanho do bebê era muito maior que a do último ultrassom, feito poucos dias antes.

O médico sugeriu a cesária, que apesar de nunca ter sido uma opção para mim – e nem pra ele, pois o Hospital trabalha exclusivamente com parto humanizado – aceitei pela segurança da vida do meu filho, e também da minha.

Martín nasceu dia 05/07/2020, com 54cm e pesando 4,5kg no Hospital dos Estivadores, em Santos/SP. Depois de muito sufoco, dores, frustrações e preocupações, finalmente a minha vida ganhou um novo motivo, uma nova felicidade, uma nova chance de ser eu, agora mãe!”

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  • Daniele Queiroz, mamãe da Maria Alice

A mãe da Maria Alice é um exemplo lindo de superação nesses relatos de parto!

“Estava tentando engravidar há mais de 3 anos. Em 2018, descobri uma endometriose, mas mesmo assim consegui minha tão esperada gravidez. Com 3 meses tive um aborto espontâneo.

Em outubro de 2019 engravidei novamente, a gravidez foi maravilhosa, quando começou a pandemia e fomos dispensados do trabalho presencial e vi a doença tão próxima, fiquei um pouco desesperada, chorava, pensava, orava. Muita coisa mudaria, pensava que talvez pudesse não ter leito no hospital para mim, em eu pegar o Covid ou pior, a bebê pegar, em contato com o a equipe que nos auxiliaria no hospital.

Enfim, pensei mil coisas, eu não poderia ter minha mãe comigo no hospital, não poderia receber visitas, não poderia contratar a fotógrafa para registrar aquele momento tão especial…Acabei mudando o hospital, porque onde eu queria ganhar estava recebendo muitos casos de covid e acabei indo para um hospital com infraestrutura inferior, mas que era maternidade e onde o contágio seria menor.

Ocorreu tudo bem. Não pude receber visitas, nem contratar fotógrafo, mas minha bebê nasceu saudável e perfeita no dia 11/06/2020. A maior felicidade da minha vida. Melhor sentimento do mundo!!!

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Apesar de todos os desafios que a pandemia trouxe, eu vivi um dia de cada vez, desde o dia 17 de março até hoje. No início foi mais difícil, um pouco desesperador, mas depois fui “acostumando” com o novo normal e junto com minha família, enfrentamos esse problema. Graças a Deus está tudo bem. Minha Alice, minha vida!”

  • Michelle Katayama, mamãe do Davi Fernando

Entre os relatos de parto, esse é de uma mãe que não pode ficar com o bebê após o nascimento. Saiba mais:

“Olá, sou Michelle Katayama, tenho 30 anos e moro em uma cidade bem pequena chamada Bela Vista do Paraíso, com pouco mais de 15.000 habitantes. Bom, tudo começou em agosto de 2019, uma gravidez não planejada aconteceu fiquei desesperada. Não é pra menos, pois tenho mais 2 meninas.  Uma de 12 e a outra de 3 anos.

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Demorou pra eu acostumar com a ideia de ter outro bebê, trabalhando, correria, mas cheia de amor no coração e fazendo planos. Meu sonho e do meu marido sempre foi ter um menino. Pois bem, comecei o pré natal aqui mesmo na minha cidade, mas essa gravidez  veio inesperada e junto com ela cheia de problemas. Tive pressão alta e diabetes gestacional.

Em novembro, já com 16 semanas, descubro o sexo. Para nossa alegria, veio o nosso tão sonhado menino. Davi Fernando é o nome dele.️

2 meses antes de ganhar bebê veio essa bomba. Coronavírus chegando, tudo fechado, muito medo. Alguns casos já confirmados na cidade.Chegando minhas 38 semanas fui internada para ganhar o Davi, aí começou a saga numa sexta feira 3 de abril de 2020. 

Fui internada, tudo certo e lindo para no dia 4  ganhar meu bebê e nada disso aconteceu. Uma enfermeira estava com suspeita de covid e estava na maternidade auxiliando nas cirurgias, assim foi tudo fechado.

As salas de cirurgia maternidade fechadas, fiquei internada e aguardando, não podia ir embora e sem previsão para voltar a funcionar. No dia 5 de abril às 10 horas eu e mais 2 gestantes fomos avisadas que iriamos ser transferidas de hospital. E assim foi, nos arrumamos entramos as 3 cheias de malas numa ambulância e cortamos a cidade.

Fomos parar no Hospital Evangélico de Londrina. Chegando lá, um médico foi junto para darmos entrada no hospital com a documentação e foi embora assim que fomos chamadas para a triagem. Já era meio dia, horas sem comer, só no soro.

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Levaram a gente para a maternidade, mas nada aconteceu, estava bem corrido aquele dia. Seguimos sentadas na cadeira até as 15 horas.  seguimos nós sentadas na cadeira até. Deu 16h30 e fui atendida para saber como eu estava.

Eu estava começando a ter contrações acho que por estar a tanto tempo sentada, cansada, acredito que foi isso que ajudou a ter as contratações. Assim, a médica avaliou e disse vamos te arrumar que vai para a cesária daqui uns 15 minutos. Eu nem acreditava que ia ver meu bebê sem poder ter visita e nem acompanhante. Chamei minha mãe e meu marido pra vir correndo, pois moramos em uma cidade vizinha.

Às 17h30 nasceu o meu Davi Fernando pesando 3.650 e 49 cm. Vi ele um segundinho e tiveram que levar, pois estava com a respiração bem cansada e teve que ser avaliado melhor. colocaram ele na UTI, eu me recuperando da cesárea sem saber direito o que estava acontecendo com ele, minha mãe todo tempo lá vendo se ele estava bem…

Ele estava bem ,mas não podia ver ele não tinha visitas por conta da pandemia. As visitas da UTI eram 1 vez por dia das 17 as 18 horas. Fiquei aquela noite sem ver meu bebê, o dia todo ansiosa para ver ele.

Conseguir ver ele no outro dia, ele já estava no CTI, mas ninguém havia me avisado. Entrei pra ver ele, aiii que emoção! choro de lembrar de ver aquele meninão na incubadora. Peguei no colo chorando muito que nem acreditava que precisei passar por tudo aquilo pra ter meu menino nos braços. Tivemos alta juntos em 48 horas com a graça de Deus. Passaria tudo de novo se preciso fosse. ️️”

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