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Crueldade com a maternidade: Juliana Alves
Crueldade com a maternidade: Juliana Alves
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▷ Mulheres e a crueldade com a maternidade

A atriz Juliana Alves, mãe de Yolanda, atualmente com pouco mais de 30 dias de vida, participou de um evento da sua escola de samba, a Unidos da Tijuca, no último dia 14 de outubro, e recebeu uma verdadeira avalanche de críticas e julgamentos na internet. Sintoma clássico de uma sociedade que julga e expõe sua crueldade com a maternidade.

O fato de Juliana estar em um evento, estar feliz, saudável, próxima à filha recém-nascida – que estava por perto sendo cuidada pelo pai – incomodou muito os internautas, na maioria mulheres, mães e ‘julgadores de plantão’.

Se há um mês Juliana era unanimemente elogiada pela escolha do parto normal humanizado e a emoção da chegada de Yolanda de forma natural, compartilhada nas redes sociais, agora, a história é outra.

Juliana Alves parto normal Yolanda

Agora, Juliana é criticada por viver o seu puerpério bem, feliz, sadia e com uma rede de apoio da qual se orgulha.

 

Juliana Alves e a crueldade com a maternidade

O fato de Juliana não estar sofrendo e se queixando na internet sobre os possíveis desafios da maternidade, sobretudo, nesta etapa do resguardo, para muitos, não permite que ela seja uma ‘boa mãe’, uma mãe completa, mergulhada no universo materno, como esperam os demais.

Por que Juliana ter ido ao evento com a filha não foi encarado como algo positivo, visto como responsabilidade em seus compromissos profissionais e a sua paixão pelo samba, conciliado com a maternidade? Algo que só foi possível graças a sua rede de apoio, ao envolvimento do pai na criação de Yolanda, na parceria do casal e tudo mais.

Juliana Alves e Ernani nunes

Em postagem em seu Instagram, Juliana Alves fala sobre a importância de seu marido, Ernani Alves, nos cuidados com o Yolanda. O casal optou por não ter uma babá.

Até quando haverão julgamentos e acusações sem propriedade entre mães que determinam o nível de qualidade de maternidade de cada uma? Até quando haverá tanta crueldade com a maternidade? Infelizmente, o caso de Juliana Alves não é o primeiro e nem será o último. Mas, nos incomoda e nos desperta a necessidade de falar a respeito.

Assim como a atriz disse em seu post em resposta aos mais de 500 comentários na sua foto no dia do evento, não se trata de uma satisfação, mas uma indignação com o fato de “Como as pessoas falam sem saber… tanto julgamento… Por quê? ”.

Ainda é espantoso ver o quanto há falta de empatia entre as pessoas, em especial, entre as mulheres e mães com seus apontamentos sobre a maneira como cada uma leva a vida, a maternidade e como criam seus filhos. Mesmo cientes do quanto isso pode ser ruim e ter impacto diferente em cada mulher, as críticas, rótulos, julgamentos não têm fim.

Se lugar de mulher é onde ela quiser, onde seria o lugar ideal para as mães de bebês recém-nascidos? No quarto do bebê? Amamentando? passando pelo puerpério de forma sofrida, se queixando da rotina do período de resguardo?

O lugar da mãe de bebês é onde ela quiser também. E a atriz Juliana Alves é uma prova disso. Um exemplo bacana das particularidades da maternidade e, em especial, da importância de uma rede de apoio nos cuidados e na criação de um filho.

É um exemplo também das responsabilidades do pai nessa e em todas as fases da vida com a chegada de um bebê na família. Um caso nítido de que a maternidade é diferente, particular, única e intransferível para cada mulher. Da gestação, passando pelo parto até o puerpério. Cada mulher vive e sente esse momento de uma forma.

E isso não está atrelado a um termômetro de bom ou ruim. Isso é a maternidade real que tanto propagam: cada um dentro da SUA realidade.

Que possamos respeitar a individualidade de cada mulher, mãe e ser humano. Seja qual for o seu momento. Que possamos, antes de acusar, julgar, rotular ou demonstrar nossa crueldade com a maternidade… apoiar, solidarizar, criar empatia, querer ajudar. Do contrário, o melhor sempre será calar.

 

Veja também:

Vale lembrar que Juliana não foi a única,  a ex-BBB Aline Gotschalg também foi alvo desta crueldade.

Maternidade: Por que somos cruéis com as outras mulheres?

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